Queijo mineiro com fungo e leite cru: como manter a tradição sem abrir mão da segurança alimentar 1o5q5h

Entenda a importância das normas estabelecidas pela legislação 3c261m

Característicos do estado de Minas Gerais e classificados segundo a região em que foram produzidos, os queijos artesanais são produtos que se utilizam de técnicas específicas em seu processo de produção: o Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural é um deles.

Com consistência macia, cor e sabor próprios e massa uniforme, com ou sem casca rugosa, a presença do fungo Geotrichum candidum é o que diferencia o produto dos demais, fazendo com que o sabor desta variedade seja ligeiramente ácido, podendo apresentar-se levemente picante.

Fungos podem ser prejudiciais para a saúde humana, uma vez que alguns deles produzem toxinas, por isso ter a regulamentação de órgãos oficiais é tão importante, pois é o que garante que esse tipo de alimento é seguro para o consumo. São necessários estudos científicos para garantir que esses queijos, produzidos com fungos, não são nocivos à saúde e só depois de análises e testes laboratoriais é possível liberá-los para o mercado.

Outro ponto favorável à escolha desse fungo é sua presença em todo o território mineiro, o que possibilita parametrizar a produção desse tipo de queijo em todo o estado. Além dos cuidados com o cultivo do fungo utilizado na produção deste produto, assim como todos os queijos artesanais, o período de maturação, ou seja, de cura após o preparo, deve ser rigorosamente respeitado, pois é o tempo mínimo de maturação que permite a eliminação dos agentes patogênicos que podem estar presentes no leite cru. Ao mesmo tempo, o período de maturação não pode ser superior a sessenta dias, pois, o Geotrichum candidum morre, e outros micro-organismos, possivelmente nocivos à saúde, acham um ambiente favorável para se desenvolverem. O tempo de maturação vai de 14 a 60 dias, dependendo da região do estado em que o queijo artesanal é produzido.

Até o último dia 12, o Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural não tinha regulamentação própria, o que impedia a comercialização deste produto de forma legalizada. A partir da publicação de uma portaria do IMA, os produtores poderão se regularizar e oferecer aos consumidores um produto com segurança alimentar garantida.

Requerido pelos próprios produtores rurais, o documento levou cerca de dois anos para ser desenvolvido e contou com estudos de universidades e instituições de pesquisa de Minas Gerais e de outros estados do Brasil. A nova portaria pode ser considerada um marco para o segmento de laticínios, pois, segundo os produtores, as características únicas do Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural agregam de 30% a 40% a mais no valor do produto.

Regulamentação dos queijos artesanais

A produção de queijo artesanal em Minas Gerais tem raízes históricas, remontando ao período colonial. As tradições e técnicas de produção foram adas de geração em geração, mantendo as características regionais. A principal especificidade do queijo artesanal é ser produzido com leite integral fresco e cru, além de preservar características únicas de identidade e qualidade, o que exige cuidados especiais durante todo o processo de produção para assegurar que são próprios para consumo.

Por isso, o selo de inspeção, seja ele municipal, estadual ou federal, presente no rótulo do produto é essencial, pois atesta que o produto segue a legislação e a por inspeções constantes.

A legislação também exige que o queijo artesanal e por análise laboratorial do serviço de inspeção oficial para garantir que está livre de agentes patológicos, o produtor também deve realizar análises laboratoriais para controle de qualidade, enviando por conta própria seu produto para análise em laboratório particular, em caso de alterações, o IMA pode intervir, solicitando uma análise extra em seu Laboratório de Microbiologia, localizado na CeasaMinas, em Contagem.

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O fim de uma era: Bretas encerra atividades no Vale do Aço 4z1c2z

Neste domingo, 11 de maio, a rede de Supermercado Bretas, outrora dominante na região, encerrou oficialmente suas operações no Vale do Aço. As unidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo serão assumidas pela rede de Supermercados BH, que inicia a istração já nesta segunda-feira, dia 12. A previsão é que as lojas reabram ao público na próxima quinta-feira, dia 15, já com nova identidade visual e mudanças operacionais que vêm sendo aguardadas com expectativa. No sábado, véspera do fechamento, a reportagem do Conex10 visitou duas das unidades da rede (Centro de Ipatinga e Caravelas) e o cenário era de tranquilidade, mas de clima total de fim de ciclo. Corredores quase vazios, poucos carrinhos sendo empurrados e um silêncio que contrastava com a movimentação típica de um final de semana. As prateleiras estavam abastecidas, mas clientes e funcionários em ritmo de despedida indicavam a conclusão de uma trajetória que marcou a história do comércio varejista da região por mais de três décadas. Funcionários ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, disseram que a maioria continuará empregada, agora sob a bandeira do BH. “A expectativa é boa. Sabemos que o BH está em expansão, e esperamos que venham novos tempos, com melhorias e mais estrutura”, disse um funcionário com anos de casa e que confirmou sua permanência neste primeiro momento. Outro acrescentou: “A gente sente um misto de tristeza mas de esperança. O Bretas foi importante, mas chegou a hora da virada.” Entre os clientes, muitos expressaram sentimentos nostálgicos. A dona de casa Maria Aparecida Nogueira, cliente fiel há mais de 20 anos, lamentou o fim. “Fiz minhas compras aqui por anos e anos. É triste ver tudo acabar assim.” Já o economista aposentado João Batista Oliveira lembrou que o setor supermercadista mudou muito nos últimos 15 anos. “Depois que deixou de ser dos donos, o serviço piorou, os preços subiram, e os concorrentes, alguns até menores e outros gigantes do setor, tomaram conta.” A estudante Larissa Abelardo comentou que, mesmo sentindo saudades, está curiosa para ver o que a nova rede trará. História de sucesso e ocaso comercial  Fundado no final dos anos 40 em Santa Maria do Itabira, o Bretas chegou ao Vale do Aço com sua primeira loja em Timóteo, em 1988, no bairro Centro-Norte (Acesita). Posteriormente, a empresa trouxe sua sede istrativa para a região, expandindo sua presença para até dez lojas nas três principais cidades. No entanto, com a chegada de novos concorrentes e mudanças na gestão, após a venda para o grupo chileno Cencosud, em 2010, o Bretas foi perdendo espaço e força e, pior que isso, não esboçou nenhuma reação no sentido de recuperar este lugar. O encerramento de suas atividades neste domingo sela a conclusão de uma trajetória, mas também marca o início de uma nova fase no varejo regional. O Bretas teve sua venda ao BH anunciada em 7 de fevereiro. No Vale do Aço, a noticia foi dada em primeira mão pela Rádio Jovem Pan. O acordo girou em torno de R$ 716 milhões, envolvendo as lojas localizadas em Minas. Apesar do valor expressivo, ele é 47% menor em relação ao que o Cencosud pagou em 2010, quando comprou o Bretas por R$ 1,35 bilhão. Apesar do valor menor, o novo controlador leva uma operação ligeiramente maior. Há 15 anos, eram 45 unidades em Minas Gerais, além de oito postos de combustíveis e um centro de distribuição, localizado em Contagem. Atualmente, integram a negociação 62 lojas em território mineiro, além dos mesmos oito postos e o centro de distribuição. O Cencosud seguirá operando o Bretas em Goiás, onde mantém 26 unidades. Quando foi vendido ao Cencosud, o Bretas era líder isolado em Minas Gerais no setor supermercadista e ocupava o 7º lugar no ranking da Abras. Nas mãos do gruo chileno,  além de crescer muito pouco organicamente, os chilenos viram os concorrentes ganharem terreno. Hoje, o BH tomou essa liderança, com grande folga, além de ocupar o 4º lugar nacionalmente. O Cencosud vem caindo no ranking ao longo dos últimos anos e, com esta venda, pode perder mais uma posição para outro mineiro: o Mart Minas.

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