A Transpetro vai ingressar no segmento de transporte fluvial de combustíveis. A empresa pretende licitar, até o fim de 2026, um total de 44 embarcações para o transporte de petróleo, derivados e biocombustíveis. Para isso, lançará, nos próximos dias, um edital para a compra das primeiras nove embarcações para a operação. 6i41e
Braço de logística da Petrobras, a Transpetro tem meta de alcançar 50% de participação do mercado de transporte de combustíveis pela navegação fluvial. A adesão ao modal é mais um o para a diversificação dos negócios da estatal, segundo Márcio Guimarães, diretor de dutos e terminais da Transpetro.
A companhia possui mais de 160 clientes e as barcaças podem atender a essa carteira e ajudar a incorporar novos contratos.
Adiamento
A Transpetro, ainda, prorrogou para 23 de junho o prazo de entrega das propostas na licitação internacional que prevê a construção de oito novos navios gaseiros. A medida atende à solicitação de empresas interessadas no processo e faz parte de uma estratégia mais ampla da companhia para fortalecer a logística nacional de combustíveis com foco em sustentabilidade, inovação e redução de custos operacionais.
Com a contratação dessas unidades, a frota de gaseiros da Transpetro ará de seis para 14 embarcações, saltando de 36 mil para até 115 mil metros cúbicos em capacidade total de transporte.
Expertise do Vale do Aço
A construção naval teve seu impulso no Vale do Aço por meio de iniciativas do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Vale do Aço, Sindimiva, no início de 2009. A crise do subprime, a crise financeira mundial, gerou escassez de demandas de clientes na siderurgia e mineração e coube, a entidade, a busca e capacitação das pequenas e médias indústrias nas cadeias de petróleo/gás e construção/reparação naval e offshore.
Peças de navios, tubulações e blocos de cascos de navios aram a ser fabricados por diversas indústrias, evitando a quebra significativa de parte do segmento. Esse ciclo durou até o início de 2014 impactado, sobremaneira, pela “Operação Lavajato” (um conjunto de investigações realizadas pela Polícia Federal que cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina, denominado Petrolão)que, por sua vez, interrompeu diversos contratos de aquisições de embarcações voltadas para a logística do escoamento de óleo in natura explorado em alto mar. Iniciativas como a da Transpetro poderá gerar um novo ciclo de prosperidade no segmento. É importante ficar de olho…