Exportações do agro mineiro registram US$ 9,7 bilhões este ano 2s212e

As exportações do agronegócio mineiro somaram  US$ 9,7 bilhões, com crescimento de 16,8% no valor, no acumulado de janeiro a julho, em comparação com o mesmo período de 2023. 1p4121

O volume também apresentou bom desempenho, com aumento de 16,4%, totalizando 10,8 milhões de toneladas. Os produtos agropecuários responderam por 39,5% do valor total das vendas externas do estado, com destaque para o café, açúcar e carne bovina.

Se o cenário atual se mantiver, as projeções apontam para mais um recorde no fechamento do ano, que deve alcançar US$ 16 bilhões. Os produtos mineiros foram enviados para 164 países, com destaque para a China (US$ 3 bilhões), Estados Unidos (US$ 956,8 milhões), Alemanha (US$ 677,3 milhões), Bélgica (US$ 392,9 milhões) e Itália (US$ 390,9 milhões).

Café

As exportações de café totalizaram aproximadamente US$ 4 bilhões, com o embarque de 17 milhões de sacas. Na comparação com o ano anterior, o aumento da receita foi de 35,3% no valor e de 34,5% no volume.

Os principais mercados importadores registraram aumentos superiores a 19% na compra do café mineiro. Neste período, o destaque foi a Bélgica, que praticamente dobrou suas aquisições, totalizando 1,6 milhão de sacas adquiridas.

Soja

O complexo soja (grãos, farelo e óleo) obteve receita de US$ 2,6 bilhões com o embarque de 5,9 milhões de toneladas. O setor registrou crescimento de 17,5% no volume e diminuição de 2,4% na receita.

Complexo sucroalcooleiro

O complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool) obteve receita de cerca de US$ 1,2 bilhão, com a exportação de 2,3 milhões de toneladas. Foi registrado aumento de 25% no volume e 33% na receita.

Carnes

As vendas do setor de carnes (frango, bovinos e suínos) apresentaram crescimento de 15,3% no volume embarcado, registrando 276,2 mil toneladas. A receita dos embarques aumentou 12%, somando US$ 864,5 milhões.

A carne bovina representou 20% da receita do segmento, no período, totalizando US$ 608,2 milhões e 141,8 mil toneladas.

Os principais países compradores da carne bovina mineira foram a China, os Estados Unidos, os Emirados Árabes Unidos e Hong Kong.

Já a carne de frango registrou queda de 5,9% no valor e de 1,5% no volume, alcançando US$ 220,5 milhões e 115,8 mil toneladas.

O destaque ficou para o aumento das exportações para o México e Arábia Saudita, com acréscimos de 99% e 281%, respectivamente.

A carne suína manteve desempenho positivo com acréscimo de 7,7% no valor e 27,6% no volume, com receita de US$ 27,9 milhões e 14,8 mil toneladas.

Produtos florestais

Os produtos florestais (celulose, madeira, papel e borracha) totalizaram US$ 692,4 milhões e 1 milhão de toneladas.

A celulose, principal item de comercialização do setor, seguiu com a redução das vendas e registrou o total de US$ 674,4 milhões e 988,4 mil toneladas.

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O fim de uma era: Bretas encerra atividades no Vale do Aço 4z1c2z

Neste domingo, 11 de maio, a rede de Supermercado Bretas, outrora dominante na região, encerrou oficialmente suas operações no Vale do Aço. As unidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo serão assumidas pela rede de Supermercados BH, que inicia a istração já nesta segunda-feira, dia 12. A previsão é que as lojas reabram ao público na próxima quinta-feira, dia 15, já com nova identidade visual e mudanças operacionais que vêm sendo aguardadas com expectativa. No sábado, véspera do fechamento, a reportagem do Conex10 visitou duas das unidades da rede (Centro de Ipatinga e Caravelas) e o cenário era de tranquilidade, mas de clima total de fim de ciclo. Corredores quase vazios, poucos carrinhos sendo empurrados e um silêncio que contrastava com a movimentação típica de um final de semana. As prateleiras estavam abastecidas, mas clientes e funcionários em ritmo de despedida indicavam a conclusão de uma trajetória que marcou a história do comércio varejista da região por mais de três décadas. Funcionários ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, disseram que a maioria continuará empregada, agora sob a bandeira do BH. “A expectativa é boa. Sabemos que o BH está em expansão, e esperamos que venham novos tempos, com melhorias e mais estrutura”, disse um funcionário com anos de casa e que confirmou sua permanência neste primeiro momento. Outro acrescentou: “A gente sente um misto de tristeza mas de esperança. O Bretas foi importante, mas chegou a hora da virada.” Entre os clientes, muitos expressaram sentimentos nostálgicos. A dona de casa Maria Aparecida Nogueira, cliente fiel há mais de 20 anos, lamentou o fim. “Fiz minhas compras aqui por anos e anos. É triste ver tudo acabar assim.” Já o economista aposentado João Batista Oliveira lembrou que o setor supermercadista mudou muito nos últimos 15 anos. “Depois que deixou de ser dos donos, o serviço piorou, os preços subiram, e os concorrentes, alguns até menores e outros gigantes do setor, tomaram conta.” A estudante Larissa Abelardo comentou que, mesmo sentindo saudades, está curiosa para ver o que a nova rede trará. História de sucesso e ocaso comercial  Fundado no final dos anos 40 em Santa Maria do Itabira, o Bretas chegou ao Vale do Aço com sua primeira loja em Timóteo, em 1988, no bairro Centro-Norte (Acesita). Posteriormente, a empresa trouxe sua sede istrativa para a região, expandindo sua presença para até dez lojas nas três principais cidades. No entanto, com a chegada de novos concorrentes e mudanças na gestão, após a venda para o grupo chileno Cencosud, em 2010, o Bretas foi perdendo espaço e força e, pior que isso, não esboçou nenhuma reação no sentido de recuperar este lugar. O encerramento de suas atividades neste domingo sela a conclusão de uma trajetória, mas também marca o início de uma nova fase no varejo regional. O Bretas teve sua venda ao BH anunciada em 7 de fevereiro. No Vale do Aço, a noticia foi dada em primeira mão pela Rádio Jovem Pan. O acordo girou em torno de R$ 716 milhões, envolvendo as lojas localizadas em Minas. Apesar do valor expressivo, ele é 47% menor em relação ao que o Cencosud pagou em 2010, quando comprou o Bretas por R$ 1,35 bilhão. Apesar do valor menor, o novo controlador leva uma operação ligeiramente maior. Há 15 anos, eram 45 unidades em Minas Gerais, além de oito postos de combustíveis e um centro de distribuição, localizado em Contagem. Atualmente, integram a negociação 62 lojas em território mineiro, além dos mesmos oito postos e o centro de distribuição. O Cencosud seguirá operando o Bretas em Goiás, onde mantém 26 unidades. Quando foi vendido ao Cencosud, o Bretas era líder isolado em Minas Gerais no setor supermercadista e ocupava o 7º lugar no ranking da Abras. Nas mãos do gruo chileno,  além de crescer muito pouco organicamente, os chilenos viram os concorrentes ganharem terreno. Hoje, o BH tomou essa liderança, com grande folga, além de ocupar o 4º lugar nacionalmente. O Cencosud vem caindo no ranking ao longo dos últimos anos e, com esta venda, pode perder mais uma posição para outro mineiro: o Mart Minas.

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